DEFINIÇÃO E CAUSAS
A gordura no fígado, ou esteatose hepática, é caracterizada pelo acúmulo de gordura nas células do fígado. Ela pode ocorrer devido ao consumo excessivo de álcool, mas na maioria dos casos, está associada a fatores metabólicos, como obesidade e diabetes tipo 2. Além disso, também pode ser causada por doenças virais, como hepatites.
CONSEQUÊNCIAS
A esteatose hepática é uma condição potencialmente reversível, especialmente se diagnosticada precocemente e tratada com mudanças no estilo de vida. No entanto, sem intervenção, ela pode progredir para esteato-hepatite, fibrose e, em casos mais graves, cirrose hepática, aumentando o risco de insuficiência hepática e câncer de fígado. O diagnóstico precoce e a modificação dos fatores de risco são essenciais para evitar a progressão da doença.
TRATAMENTO
O tratamento consiste em realizar DIETA com diminuição de carboidratos (arroz, pão, batata e alimentos com farinha branca), restrição de ultraprocessados e gorduras e, por fim, aumento de frutas, verduras e legumes. Além disso, é importante iniciar ATIVIDADE FÍSICA, ao menos 150min por semana, ou seja, meia hora por dia por 5 dias. Com essas duas medidas, o paciente conseguirá emagrecer de 5-10% do peso corporal, regredindo a gordura no fígado e melhorando da doença.
Infelizmente ainda não existem remédios comprovados cientificamente que, isoladamente, regridem a gordura no fígado. Contudo, alguns estudos estão investigando o uso de medicamentos que melhoram a resistência à insulina e o perfil lipídico, como pioglitazona e vitamina E, para pacientes com esteato-hepatite.
CONCLUSÃO
A gordura no fígado é uma condição reversível em suas fases iniciais, mas, sem intervenção, pode evoluir para doenças hepáticas graves. Modificações no estilo de vida são o principal tratamento, sendo o diagnóstico precoce fundamental para prevenir a progressão da doença.
DRA MELISSA HISSAMI SIMÃO – CRM/SP 236.123